quinta-feira, 9 de junho de 2011

Recapitulação da matéria do 7º Ano



O aparecimento do Homem, há centenas de milhares de anos, foi o resultado de uma longa e lenta evolução física e intelectual. A capacidade de fabricar instrumentos constituiu o grande sinal da passagem de Hominídeo a Homem. De recolector e nómada no Paleolítico, passou a produtor e sedentário do Neolítico. Em conjunto, estes dois períodos formam a Pré-História.


Durante o Neolítico, as comunidades agrupam-se junto de grandes rios fazendo surgir os primeiros centros urbanos, onde se desenvolveram novas técnicas e novas formas de organização política, económica e social. Surgiram assim as primeiras civilizações: Suméria (Mesopotâmia), Egípcia, Inca e Chinesa. No Mediterrâneo Oriental surgiram a Fenícia e a Hebraica (cuja religião foi a base do Cristianismo).


Influenciada pelas civilizações do Crescente Fértil (Mesopotâmia e Egípcia), surgiu no Mediterrâneo uma nova civilização, que se impôs pela sua superioridade intelectual: a Civilização Grega. Em Atenas nasceu uma nova concepção do Homem e lá se desenvolveu o primeiro modelo de Democracia.
No século I a.C., uma outra civilização conseguiu, graças a um conjunto de condições favoráveis, unificar as regiões em torno do Mar Mediterrâneo, ao qual passaram a chamar “Mare Nostrum”: a Civilização Romana. Embora tivesse influências gregas, a cultura romana foi também muito original: língua latina, direito escrito, arte monumental e funcional.


Foi numa província do Império Romano, a Judeia, que nasceu uma religião totalmente distinta da romana, que era politeísta: o Cristianismo. Tendo por base a religião hebraica e como figura principal, Jesus Cristo, a nova religião caracteriza-se pelo monoteísmo, o humanismo e o universalismo.


Embora tivesse sido um Império poderoso, Roma começa a decair e no século V d.C., foi invadido e conquistado por um conjunto de povos bárbaros: os Germanos. Da mistura de culturas (bárbara, romana e cristã) nasceu a Civilização Europeia Ocidental, sendo o factor de união o Cristianismo. Nasce assim uma nova era e a Idade das Civilizações Clássicas dá lugar à Idade Média (1000 anos).

No início do século VIII d.C., (711) a Europa Ocidental é novamente invadida, desta vez pelos Árabes, que impulsionados pela ideia de Guerra Santa (Islão vs Cristianismo), rapidamente se alastram pelo Norte de África, Próximo Oriente e Península Ibérica. Aqui, houve inicialmente uma grande resistência por parte dos Cristãos, mas acabaram por perder e viram o seu território ocupado pelos muçulmanos. Como eram mundos opostos, ocorreram muitos confrontos violentos, mas também houve períodos de paz. 

Contudo os Cristãos, a partir do século IX, aproveitaram conflitos internos entre os muçulmanos e conseguiram ganhar terreno, direcção ao sul, com o apoio dos cruzados, ou seja, reconquistaram territórios perdidos. Formaram-se assim reinos cristãos muito importantes, como Leão e Castela. No fim do século IX, o nobre cruzado francês D. Henrique, recebeu como recompensa pelo apoio militar, o Condado Portucalense, e D. Teresa, filha do rei de Leão, D. Afonso VI. Deste casamento nasceu D. Afonso Henriques que lutou sempre pela independência desse condado, o que veio a acontecer em 1143

Um século depois, (1249), já estavam praticamente definidas as fronteiras portuguesas, não muito diferentes do que são hoje.
Note-se que entre os séculos VIII e XI, o clima de insegurança (devido às invasões) era grande tanto em Portugal como no resto da Europa, o que esteve por trás da consolidação do Feudalismo, caracterizado por uma economia fechada, uma sociedade assente nas relações de dependência (intensificação dos laços de dependência pessoal) e por um enfraquecimento do poder real, já que a sociedade era dominada pela nobreza e pelo clero que detinham grandes domínios territoriais.


Nos séculos XII e XIII, verificou-se um período de crescimento generalizado: ocorreu um grande aumento da população, devido à diminuição das guerras, logo, procuraram-se novas terras para cultivar. Isso fez com que se desenvolvessem novos instrumentos e técnicas agrícolas, cujo resultado foi o aumento de produção e com o desenvolvimento dos transportes, foi possível intensificar o comércio. Os pólos maiores deste renascimento económico situavam-se em Itália e na Flandres, assim como nas cidades do Báltico e no Norte da Alemanha. Portugal, graças à boa situação geográfica (entre as rotas do Mediterrâneo e do Atlântico Norte) participava também no grande comércio internacional europeu. 


A partir do ano 1000, a Europa conheceu um surto de construções de igrejas e mosteiros de estilo românico; eram edifícios de planta de cruz latina e com paredes grossas e poucas aberturas. Contudo, com o desenvolvimento e crescimento das cidades, surgiu um maior gosto pela cultura e um novo estilo artístico: o gótico, que tornou as igrejas e os palácios mais altos, belos, decorados e iluminados. Os arcos em ogiva, os arcobantes e as rosáceas com lindos vitrais coloridos caracterizam este novo estilo.

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